3.7.11

Brasileños Bajo Zero








Como contar sobre a maior aventura de nossas vidas em um post tao rapido. Aprendemos tanto em quatro dias que é difícil descrever. Foram horas muito intensas que vivemos na regiao do Condoriri.








O nosso objetivo inicial era fazer o cume do Pequeno Alpamayo, pela via que passa pelo cume de uma outra montanha chamada Tarija. Acordamos as 02h00 e partimos as 03h00 para o ataque ao cume no dia 01.


Nao demos sorte com o tempo, nevou todos os dias desde que chegamos ao acampamento base. Em media caia 30cm por dia. No dia do ataque tivemos a ilusao de que haveria uma janela de tempo melhor para a ascensao, mas assim que chegamos ao Glaciar a neve, a neblina e os ventos fortes nao cederam.


Durante os dias de preparo no acampamento, nosso guia, o Marco, vivia nos chamando de brasileños bajo zero, mucho locos, e só fomos entender o real motivo do apelido ao chegar na montanha. As condicoes climaticas (tempestade de neve, ventos fortes e sensacao termica de 20 graus negativos) estavam hostis e chegamos ao cume do Tarija exaustos, nem ao menos era possivel ver a outra montanha. Após 7h:30min de esforco, avaliamos a situacao e decidimos que o mais prudente seria retornar..


A sensacao de se retirar depois de tanto esforco empregado e frustrante, indescritivel, mas e preciso saber a sua hora na montanha e nunca deixar sua vontade sobressair a realidade do momento. E preciso avaliar cada variavel e tomar a decisao mais sensata. No nosso caso, citarei algumas:











1-gastamos mais tempo do que o normal para chegarmos ao cume do Tarija (5360m) e nos desgastamos muito devido ao clima.







2-a tempestade de neve nao cedia e a visibilidade era minima, na media de 3m, nem mesmo viamos o P. Alpamayo



3-os riscos de gretas ocultas no glaciar eram maiores a cada minuto nevando



4-como a rota normal segue pela crista do P. Alpamayo (bem fina) os riscos de placas de neve se soltarem com a gente em cima era imensos. Nao sei voce, mas eu nao gostaria de estar no meio de uma avalanche!rs.





5- tivemos que abrir a trilha na ida e na volta, devido ao volume de neve que estava caindo. Isso nos desgastou muito, mas muito....e a descida foi tensa.



No fim do dia, mesmo exaustos, estavamos felizes tambem, todos estao bem, aprendemos como é importante ter um bom guia, investir em um bom equipamento, confiar e escolher bem seus parceiros, respeitar a montanha e os seus limites.


Resumindo, foi duro! Mas foi bom demais!



Postaremos as fotos e videos no próximo post!


















Uma certeza temos: O Pequeño Alpamayo agora e divida de vida, voltaremos!






4 comentários:

  1. Caê e colegas em ocultas trilhas de picos nevados. Agora que encontrei este endereço e pude ler algo sobre a aventura em que é importante saber medir os passos a dar e ter prudência e coragem para retornar na hora certa. A vontade de chegar lá moverá a resistência de vocês. Não é necessário chegar desta vez se a natureza não colabora. Ela deve ser respeitada. Felicidade e que Deus os acompanhe. Vocês estão nas alturas, mais próximos das estrelas. Abraços do vô Benfica.

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  2. Que a prudencia seja sempre maior que a vontade de vencer este desafio, palavras de uma mãe aflita!!!!! te amo filho bjs jac

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  3. Um dia e do escalador, e os outros todos são da montanha... Que tempo hostil! Lembre-se o cume é apenas parte da experiência, a parte mais famosa, mas não a mais importante. Boa aventura na montanha a todos amigos

    Yan

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  4. Leo e cia,
    Parabéns pela prudência! Sempre a melhor amiga!
    Abração, Raul.

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